Náutico perde para São Paulo de novo e está eliminado da Copa do Brasil
Apesar do resultado negativo em campo, o Timbu conseguiu a maior renda da história como mandante com o jogo de volta pela terceira fase do torneio

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O Náutico lutou até o fim do jogo contra o São Paulo, mas não teve jeito. O Timbu sofreu um gol no início do duelo e não conseguiu reagir. Assim, em campo, acabou derrotado por 2x1, nesta terça-feira (20), nos Aflitos, na partida de volta pela terceira fase da Copa do Brasil.
Os gols do clube paulista foram marcados por Luciano e Rodriguinho. Hélio Borges descontou para os alvirrubros. No jogo de ida, o Alvirrubro tinha perdido por 2x1 e precisava de pelo menos um triunfo simples para decidir nos pênaltis.
Apesar da boa performance das equipes em campo, o confronto ficou marcado pelas duas expulsões com pouco mais de 20 minutos de jogo. Primeiro, Marquinhos, do Náutico, aos 10. E, segundo, de Ferraresi, do São Paulo, aos 21. Ambos os lances em entradas duras dos jogadores.7
Homenagem ao ídolo alvirrubro
Antes da bola rolar, o Náutico realizou uma homenagem para o ex-treinador Muricy Ramalho, bicampeão pernambucano em 2001 e 2002. O presidente Bruno Becker entregou uma camisa personalizada ao ídolo alvirrubro.
Maior renda da história como mandante
Fora das quatro linhas, o Náutico conseguiu um recorde. Além do maior público como mandante, 16.832 torcedores, o clube alvirrubro conseguiu a maior renda da história atuando no reduto alvirrubro. Assim, faturou R$ 1.600.968,00 na partida contra o São Paulo pela Copa do Brasil.
Antes, o recorde da renda tinha sido a partida de reabertura do estádio dos Aflitos contra o Newell's Old Boys, da Argentina. No duelo, o Timbu arrecadou R$ 1.576.220,00. Os dados sobre a arrecadação do clube alvirrubro foram levantados inicialmente pelo jornalista Clauber Santana, do portal Ge.
Começo nervoso
Embalado pela torcida alvirrubra, que compareceu em peso aos Aflitos e fez uma grande festa, o Náutico pretendia pressionar o São Paulo no "abafa inicial". Porém, o enredo do início do jogo foi inacreditável para os dois lados. Aos 3 minutos, após cobrança de escanteio, Luciano abriu o placar para o clube paulista.
Sete minutos depois, em uma entrada temerária no campo de defesa, Marquinhos foi expulso e deixou o Náutico com um a menos no jogo. Só que, aos 21, Ferraresi também recebeu o cartão vermelho após forte entrada no meio-campo e deixou a partida com 20 jogadores. Ambos os lances válidos pelo árbitro de vídeo (VAR).
Com o mesmo número de atletas, o Náutico ganhou ânimo no jogo e pressionou o São Paulo, principalmente capitaneado pelos meias Marco Antônio e Patrick Allan. No entanto, faltou ser mais incisivo no último tempo do campo.
Referência no ataque, Bruno Mezenga ficou preso na marcação do São Paulo. O outro companheiro de ataque - Kelvin - pouco apareceu no pelotão de frente. Ou seja, apesar das boas chegadas pelo meio e laterais, faltou uma maior presença do ataque.
Na defesa, o Náutico tentou segurar os contra-ataques do São Paulo de todas as maneiras. Quando passou pela marcação, o Tricolor do Morumbi parou no goleiro Muriel.
Eficiência do São Paulo
Depois do intervalo, precisando de dois gols, o Náutico não pensou duas vezes em partir para cima do São Paulo. Já o São Paulo, tendo a vantagem e jogando em campo ainda mais pesado por causa das fortes chuvas, optou por priorizar a marcação e buscar as brechas na defesa alvirrubra.
Até a metade da etapa final, o São Paulo pouco ameaçou, mas também não sofreu na defesa. O Náutico cercou, cercou, mas continuou apresentando dificuldades na conclusão das jogadas.
Na reta final, naturalmente, o Náutico cedeu mais espaços e o São Paulo aproveitou com bastante eficiente. No primeiro contra-ataque, não aproveitou e André Silva perdeu a oportunidade "de baixo" das traves. Mas, no segundo lance favorável, o time tricolor não perdoou.
Muriel saiu do gol para interceptar a investida e gerou o rebote. Da entrada da grande área, Rodriguinho bateu de primeira e acertou um chutaço: 2x0. Pouco minutos depois, o garoto de Cotia saiu na cara de Muriel, driblou o goleiro, só que desta vez mandou por cima da meta.
Aos 40 minutos, o Náutico conseguiu descontar. Após cobrança de escanteio, Hélio Borges chutou duas vezes para estufar a rede. O gol chegou a ser anulado pela arbitragem de campo, mas foi validado pelo árbitro de vídeo.
O gol de honra serviu para carimbar a entrega e disposição do Náutico diante do adversário da Série A. Não à toa, o time alvirrubro saiu aplaudido pela torcida que lotou o estádio dos Aflitos. Placar final: 2x1 para o São Paulo.
Notas do Escrete de Ouro
Em parceria com o Escrete de Ouro, da Rádio Jornal, o Blog do Torcedor divulga as notas do time alvirrubro na partida. A avaliação foi realizada pelo comentarista Ralph de Carvalho.
- Muriel: 6
- Arnaldo: 5
- Marcos Ytalo: 4
- Rayan: 4
- Carlinhos: 4
- Igor Fernandes: 3
- Auremir: 6
- Igor Pereira: 4
- Marco Antônio: 7
- Hélio Borges: 6
- Patrick Allan: 6
- Thalissinho: 6
- Kelvin: 5
- Caio Vitor: 5
- Bruno Mezenga: 5
- Marquinhos: 0
- Hélio dos Anjos: 8
Ficha do jogo
Náutico
Muriel; Arnaldo (Marcos Ytalo), Rayan, Carlinhos e Igor Fernandes; Auremir (Igor Pereira), Marco Antônio (Hélio Borges) e Patrick Allan (Thalissinho); Kelvin (Caio Vitor), Marquinhos e Bruno Mezenga.
Técnico: Hélio dos Anjos.
São Paulo
Rafael; Ferraresi, Arboleda, Alan Franco e Enzo Díaz; Alisson (Pablo Maia), Oscar e Luciano; Lucas Ferreira (Rodriguinho), Cédric e André Silva (Ryan).
Técnico: Luis Zubeldía.
- Local: estádio dos Aflitos, no Recife-PE.
- Árbitro: Jonathan Benkenstein Pinheiro (RS).
- Assistentes: Maíra Mastella Moreira e Jorge Eduardo Bernardi (ambos do RS).
- VAR: Daniel Nobre Bins (RS).
- Público: 16.832 torcedores.
- Renda: R$ 1.600.968,00.