Hélio dos Anjos critica briga política no Náutico e desabafa: "Não inviabilizem o trabalho"
O técnico do clube alvirrubro revelou que possui uma cláusula no contrato de renovação automática em caso de conquista do acesso na Série C

Clique aqui e escute a matéria
O Náutico briga pelo acesso na Série C do Campeonato Brasileiro, mas, nos bastidores dos Aflitos, a situação e a oposição estão travando embates acalorados, principalmente em relação a viabilidade financeira do clube. Na última entrevista coletiva, o técnico Hélio dos Anjos não conseguiu esconder a insatisfação.
Hélio criticou a briga política e pediu que a oposição não impeça o Executivo de viabilizar novas verbas para a operação do futebol profissional. Ele ainda fez questão de deixar claro que não estava fazendo uma defesa do presidente executivo Bruno Becker.
"Eu quero aproveitar a oportunidade e, encarecidamente, pedir às pessoas do Náutico, que não inviabilizem o trabalho. Nos cobrem. Nós estamos aqui para ser cobrado. Se forem trazer a inviabilidade do Náutico por causa da política do clube, o Náutico vai afundar", afirmou o comandante.
"Não tem como você fazer futebol sem dinheiro, inviabilizando entrada de dinheiro, criando uma situação de buscar dentro do Conselho e tomar algumas decisões. Gente, eu não estou falando pelo Bruno, eu estou falando pelo Náutico. Estou falando pelas pessoas que gostam do Náutico", completou.
Hélio também revelou que possui uma cláusula no contrato de renovação automática do contrato em caso de acesso à Série B. Porém, deixou claro que, se a oposição vencer a eleição no final do ano, não colocará empecilho em uma uma possível rescisão. Em contrapartida, salientou que até o fim da temporada o foco precisa ser em tirar o Náutico na Terceira Divisão.
"Quem pode prejudicar o projeto, hoje em dia, é a oposição. Inviabilizando a entrada de dinheiro, criando dificuldade, fazendo toda hora uma comissão. Vai acontecer uma eleição, ganhe quem tiver condições de ganhar, mas deixe o clube progredir até outubro e a partir de outubro faça política", disse.
"Eu tenho uma esperança muito grande de subir com o Náutico e tenho uma renovação automática se subir. Se chegar em dezembro e as pessoas que ganharem a política acharem que eu não sirvo, eu não vou deixar prevalecer meu contrato. Eu entrego o cargo sem fazer o clube me pagar aquilo que é uma renovação automática. Eu entrego e saio", acrescentou.
Crítica ao estádio do Náutico
O comandante alvirrubro criticou a situação do gramado dos Aflitos, mesmo sem tanto uso do estádio. Ele explicou que o problema não está na grama, mas, sim, na qualidade do piso do campo.
"É um absurdo. Os Aflitos fica 30 dias parado e eu queria que vocês entrassem no campo para verem o que é um time de futebol jogar no campo que nós jogamos. É muito bonitinho, está tudo verdinho, mas campo não é grama, campo é piso. Muitas vezes você tem a grama, mas não tem o piso. Naturalmente, essas dificuldades, nós vamos ter sempre", comentou.