Sport: Yuri Romão fala sobre má fase, portugueses, António Oliveira e se desculpa com torcedor
Presidente do Sport, Yuri Romão, concedeu entrevista ao repórter Antônio Gabriel, da Rádio Jornal, e abordou sobre temas de interesse do torcedor

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O presidente do Sport, Yuri Romão, concedeu uma importante entrevista ao repórter Antônio Gabriel, da Rádio Jornal, na tarde desta terça-feira (27) e abordou sobre vários temas de interesse do torcedor, incluindo aqueles de grande especulação nas redes sociais, como uma possível falta de harmonia com o grupo de portugueses do elenco (que ele negou) e até mesmo a questão do encontro dos jogadores com uma organizada do clube.
Além disso, o gestor destacou que não só ele, mas os funcionários do clube, incluindo atletas e comissão técnicas, estão empenhados na melhora do momento do time, que é sair da zona de rebaixamento da Série A - atualmente o Leão é o lanterna com três pontos em dez jogos.
Confira abaixo a entrevista completa de Yuri Romão, separada por tópicos:
Momento do Sport
Yuri Romão: (Estamos) Trabalhando bastante aí para mudar esse ou pelo menos mudar a rota. Do que tá a gente tem visto até agora, né? Um momento desafiador para nós que fazemos o Sport. Mas eu acho que é o esse momento em que a gente busca trazer o clube para um novo contexto. Um contexto agora de buscar a primeira vitória no Brasileirão.
Então, estamos bem animados. Pelo que estamos vendo dos treinamentos, né? Da própria comissão técnica trabalhando bastante, enfim, acho que o momento, apesar de desafiador, ele passa a ser de muita esperança para que a gente possa sair dessa dessa zona desconfortável. E dar o clube o que ele merece.
Diagnóstico do clube e profissionalização do futebol
YR: A gente já vem trabalhando nesse sentido. De diagnosticar e já está na imprensa, né? A gente contratou uma uma consultoria para que fizesse esse diagnóstico interno. Estamos mudando um pouco internamente a composição que antigamente era uma posição mais, vou chamar de política, né? Com a indicação de um vice-presidente pela pela presidência.
A gente trouxe de fora pessoas que já estiveram em outros clubes para que de fato a gente possa fazer as mudanças necessárias sem que haja interferência política. E é isso que a gente quer. O que a gente tá, na verdade, propondo é isso. Já tá implementado nos grandes clubes do Brasil.
Se você for olhar, me permita dizer, Palmeiras, Flamengo, Internacional, o Atlético Mineiro, entre outros, você já vê que não existe mais a figura política à frente do departamento de futebol. Eu acho que a gente, inclusive, tá chegando atrasado.
Lá atrás, acho que em novembro, dezembro, eu já tinha conversado isso internamente com o ex-vice-presidente Guilherme Falcão, no sentido de que ele fizesse a transição. Do momento da indicação política para o profissional.
Antecipamos, eu fiz questão de dizer isso, inclusive, na nossa na nossa apresentação dos executivos. A gente antecipou esse novo modelo para que as coisas acontecessem de forma mais célere e, enfim, a gente conseguiu recuperar esse tempo perdido que foi nesses primeiros cinco meses do ano.
Consultoria vai ajudar na profissionalização?
YR: Sim. Uma pessoa vindo de fora, com um olhar principalmente por ter estado em vários outros clubes, né? A exemplo do Atlético Paranaense, por exemplo. Que tem essa vivência mais profissional, ver o que onde é que a gente pode melhorar no nosso departamento de futebol e implementar. A vontade política do presidente, da diretoria administrativa e financeira, ela existe. Ou seja, da gente dá um outro rumo ao departamento de futebol.
Um rumo de profissionalização, um rumo, inclusive, com com aspecto vencedor. A gente precisa disso, né? Precisamos capacitar melhor os nossos os nossos funcionários? Vamos fazer isso. A vontade de fazê-lo, ela existe.
Montagem do elenco e comparações com outros clubes
YR: Eu diria que primeiro, assim, eu não vejo como aposta, né? Comparar com o Ceará, com Mirassol, Juventude, que são clubes que têm o mesmo orçamento, acho que é interessante fazer (a comparação). Os orçamentos semelhantes.
O que de fato, na minha concepção, o que está acontecendo é, alguns atletas, né? Algumas contratações que foram feitas ainda não puderam render aquilo que poderiam render. Que os números, os scouts deles traziam, né?
Pode ser que sei lá, mais algum tempo, eles possam render. Por isso que eu digo assim, eu não diria que é aposta, né? Não foi uma questão de aposta. Foi um direcionamento que foi dado à época pelo treinador que participou diretamente da montagem do elenco. Eu digo isso porque eu via isso. Mesmo ele fora País.
Do próprio do próprio executivo, né? Da nossa área de mercado. Então, assim, todas essas pessoas citadas, elas têm suas responsabilidades na montagem do elenco. E, enfim, o que a gente entende é que alguns renderam, outros não tanto. Essa é a a grande verdade.
Mas vamos apostar agora nessa segunda fase aí do campeonato de apostar num novo momento, né?
É trazer, se for o caso, dependendo do que o treinador atual treinador queira, algumas peças pontuais para que a gente possa, de fato dar essa guinada e dar a liga que é necessária para que o time desempenhe um bom futebol. Eu acho que já há uma crescente no desempenho.
Uma coisa, e aí eu posso atestar, isso de forma muito transparente, muito clara, é, um compromisso dos atletas em buscar essa melhora. Isso é importante, essa garra, né? A competitividade dentro de campo que a gente viu inclusive no último jogo diante do Internacional. Já foi bem diferente de outros jogos que a gente tinha visto. Então, assim, eu tô muito confiante de que isso tudo isso vai mudar.
Relação dos portugueses; Existe rixa? "Mentira deslavada"
YR: Em relação aos portugueses, mais especificamente Sérgio e o Paciência, né? Muito se falou em relação a tratamento diferenciado.
E eu tô dizendo parece porque eu até procurei saber, até por rumores mesmo da própria imprensa, se havia isso. O que havia na realidade é o seguinte: um dos atletas tem um personal. Porque no contratrânsito ele gosta de fazer um fortalecimento que os outros outros não possuem. Ou seja, talvez faltou uma comunicação interna melhor para que tudo fosse esclarecido.
Esclarecido foi. E hoje há um clima de extremamente harmônico Eu não me me lembro bem do jogo, na substituição lá do Sérgio, por exemplo, né? Disseram que Sérgio havia ido às vias de fato com Lucas Lima no treino. Ou seja, uma mentira deslavada.
Quem estava no campo viu que na saída do Sérgio do campo, na substituição, Lucas foi lá cumprimentar ele na saída dele. Enfim, abraçá-lo. Então, o clima harmônico existe, tá certo? Se houve num passado recente alguma rusga, alguma coisa, lembrando são 30 homens que tão reunidos aí ali diariamente cos nervos à flor da pele, pode até vir alguma coisa que eu não vi, tá certo? E não soube, e aí eu estou estou sendo sincero.
É, mas se houve isso acabou. Isso não existe mais. Não há nenhum tratamento diferenciado nem para um, nem para outro, nem para brasileiro, nem para Uruguai, nem para Argentina, nem para português. O que há sim é um grupo com muito compromissado em sair dessa zona desconfortável.
António Oliveira
YR: Isso não é o que há de fato (possível troca de comando). Há uma insatisfação e é legítima. Isso aí eu não tiro nenhuma razão do nosso torcedor. O torcedor tá frustrado com o desempenho da nossa equipe. São 10 rodadas, três pontos apenas. Então, assim, a gente tem que entender isso do torcedor. Professor Antônio chegou agora, tá colocando o seu sistema de jogo.
Qual foi o critério de trazer Antônio? Um treinador, muito exigente, com uma postura muito firme perante o grupo, que a gente sabe que isso precisa ter no momento para a gente dar uma virada. A gente precisa dessa dessa firmeza. Então esse foi um dos critérios que a gente adotou na busca por um treinador. E ele tá colocando as suas digitais.
Tá mudando o sistema de jogo. Você viu que no jogo contra o o Internacional ele ele alternou inclusive o sistema de jogo, né? De 3-5-2 passou para um 4-4-3. Ou seja, também buscando um melhor aproveitamento desportivo.
Portanto, nós estamos satisfeitos com o que está sendo feito, vendo o trabalho dele, da comissão técnica, o envolvimento do nosso staff junto à comissão técnica também, algo que é importante ser dito, do ponto de vista físico, a melhoria também por parte do nosso staff, buscando junto com o treinador, a melhoria do desempenho físico dos atletas.
Então, tudo isso nos leva a acreditar que dias melhores virão, né? Dias melhores virão.
Relação com a torcida
YR: Eu queria até agradecer a torcida. A festa que foi feita no último domingo, no jogo do Internacional, foi uma festa linda. E parabéns inclusive a nossa nossa equipe de operações que também se envolveu, se conversou com torcedores. Viu o que é que as torcidas gostariam de ter dentro de campo.
Então, eu queria realmente externar essa minha satisfação em relação ao que houve dentro de campo, nas arquibancadas. Em relação às torcidas, eu diria a você até que faltou por parte da nossa gestão, em alguns momentos, inclusive, humildade.
Humildade de ouvir, humildade de poder entender quais eram as demandas. É importante também salientar que a gente vai completar 4 anos que esse grupo tá lá, mas a gente sempre foi muito pressionado também por Ministério Público, por Polícia Militar, em muitas coisas.
Então, assim, eu acho que faltou de nossa parte um entendimento melhor. Aonde a gente poderia avançar em relação às torcidas e aonde a gente poderia avançar em relação às forças de segurança do Estado, tá? Eu tô sendo sincero, tá?
E acho até que, por exemplo, muitas coisas que a gente fez nesse nesse jogo já eram demandadas há muito tempo e a gente 'não, o Corpo Bombeiro não permite', mas quando a gente foi perguntar, quando a gente foi falar, foi autorizado, ou seja, houve uma inércia por parte da nossa operação em buscar fazer a festa.
Então, eu faço até um pedido de desculpas aqui ao nosso torcedor por a gente não ter conseguido fazer isso antes. Mas agora vai virar uma prática para sempre, ou seja, a gente fazer a festa, a gente buscar melhorar a experiência do torcedor sempre, né?
Então essa é a nova tônica nossa aí, de estar junto com o torcedor, né? Não só esse ano, o próximo ano também, enfim.
Entrada das organizadas
YR: Primeiro, foi um diálogo com torcedores e torcidas, né? Isso é a primeira coisa. Segundo, já havia uma demanda de várias semanas para que essas torcidas conversassem com atletas e dirigentes.
Nas semanas anteriores o vice-presidente a época estava passando por um momento bem de muita pressão. A gente entendeu que não era o caso, né? Quando houve a troca de comando e também de modelo, saindo do modelo político para um modelo 100% profissional, foi conversado com os dois executivos e com alguns atletas, que prontamente se colocaram à disposição de conversar com as torcidas. E foi uma conversa extremamente pacífica, tá? É, os questionamentos, todos eles foram foram dirimidos. Em relação as perguntas que foram feitas aos atletas.
O nosso jurídico oficiou o Ministério Público de que haveria essa essa essa reunião. Ou seja, a relação que nós temos hoje com o Ministério Público e com as forças de segurança, é uma relação extremamente aberta, ou seja, nós temos diálogo constante com eles, portanto assim, não teve nenhum problema. Talvez em função do passado recente que esse debate veio à tona, tá?
Mas não só a presidência, mas o jurídico, o departamento de futebol, todos eles estavam cientes de tudo. Entraram, saíram, não houve nada, nenhuma intercorrência. É, isso é bom. Isso não tem problema.
É melhor fazer esse tipo de de situação do que ter uma invasão como teve por exemplo no Santos. Que entraram nos quartos da concentração. Enfim, tem um monte de situações que a gente vê no dia a dia, é que a gente não quer que seja feito aqui no nosso clube, tá? Então mais uma vez eu até até agradeço a forma educada como os atletas e os novos executivos foram tratados pelos torcedores.
A vivência do Sport, Ilha e CT
YR: Viver o Sport Club do Recife não é fácil. Eu já sou calejado pela vida, né? Um sertanejo que saiu lá do Sertão da Paraíba e veio bater aqui. Então, assim, sempre com muitos altos e baixos, né? Às vezes mais baixos do que altos. Mas assim, o grande trunfo nosso é que a gente tem um objetivo.
É um objetivo claro de de elevar o nome do clube, né? De trazer novas práticas pro clube, é fazer com que o clube não passe, por exemplo, pelo que ele passou quando a gente chegou, aí você vai lembrar bem, em agosto de 21, né?
Ou seja, umas cinco folhas de atraso para os funcionários administrativos, três folhas de atraso os atleta atletas, a premiação, por exemplo, do acesso para 2019 para série A, que nunca foi paga. Problemas com agentes de atletas. Eu me lembro que quando eu cheguei eu não sabia nem que era CNRD, na época.
Mas não, tem 20 milhões devendo a agentes de atletas que não eram pagos, tá certo? Então, assim, esse mundo a gente não quer mais. Esse mundo, a atual diretoria, ela trabalha todos os dias para que não haja mais. Agora, como é que a gente sai disso definitivamente? É trabalhando, é mantendo o clube na Série A, né? Porque aí o patamar financeiro é outro.
Aí a gente pode fazer os investimentos. Eu não posso deixar de mencionar, Antônio, me permita, os projetos que estão em andamento, né? Que é o projeto da Ilha do Retiro. Que está andando, está andando. A gente já tá entrando agora numa fase interessantíssima agora já conversando com investidores.
O projeto de expansão do CT, né? É outra coisa importantíssima pra gente, ou seja, deixar o CT maior. Que a gente possa trazer mais garotos pra nossa base, que a gente possa fomentar novos Pedro Lima da vida, né? Ou até mesmo Zé Lucas, enfim, outros outros atletas.
Aí um objetivo nosso, né, de o Sport ser definitivamente um clube de referência da região. A gente tá um passo para isso, um passo. Tudo isso tá sendo. Tudo isso tá sendo feito. Esse é o nosso grande objetivo, porque é daí que tem a sustentabilidade financeira para o resto da vida.
Então a gente não pode deixar que pessoas que não têm nenhuma credibilidade, zero de credibilidade, queiram estragar um projeto desse.
Empresa de representação de atletas
YR - Eu até agradeço por perguntar, até para esclarecer ao nosso torcedor, de forma bem transparente. Ao final do ano passado, eu já tinha decidido não mais participar de eleições do Sport. Tinha decidido isso inclusive internamente com a minha família e, infelizmente, teve aquela reviravolta, aquele problema interno para as eleições.
Quando houve essa decisão de não mais participar da reeleição do Sport, eu tomei a iniciativa de voltar ao mercado financeiro, da qual eu sou oriundo, e operar como eu já fiz vários anos, tanto é que você disse a empresa de 2009.
E um dos segmentos que eu achei que poderia atuar a partir da minha saída do clube seria o segmento do futebol. Quando eu digo o segmento, é a indústria do futebol.
Ou seja, fazer operações de crédito para clubes de futebol; meu foco na época era clubes até de Série B, porque eu entendia que eram clubes que não são acessíveis ao mercado financeiro por conta do baixo orçamento. Mas não é nem só orçamento: é a questão da transmissão dos direitos de transmissão, que são bem menores do que dos clubes de Série A.
E era quase um argo para ajudar esses clubes, que a gente tinha passado três anos na Série B. Então, a ideia era essa. Pedi aos advogados do escritório que faz minhas coisas pessoais, o Urbano Vitalino, para que fizessem a alteração contratual da minha empresa que já existia, para colocar o CNAI e fazer essas operações.
Enfatizei muito que era para focar no futebol; inclusive tem o nome de esportes. Acredito eu — porque eu realmente não me ative aos detalhes — que se colocou questão de representação, ou como sei não o nome que se dá, de atleta.
Eu não tenho acesso a isso, não é meu perfil de coisa, mas acredito que o advogado colocou, nada demais. Essa empresa nunca operou. Depois que fui candidato, não dei baixa e não vou dar baixa nela. Isso é importante que seja dito.
Mesmo que estivesse ativa, eu não vejo conflito de interesse. Se eu for fazer qualquer operação — que não é o caso — não tem nada a ver com o Sport em si. É uma atividade profissional; quando digo fazer uma operação, é uma operação financeira.
Eu não tenho envolvimento com venda ou compra de direitos econômicos de atleta. Estou falando de operações financeiras, antecipação de recebíveis de direitos de transmissão. Apenas isso. É algo que já faço há anos e anos. Então, é isso. Mas, esclarecendo ao nosso torcedor, nunca operou. Possivelmente não vai operar.
Enquanto eu estiver no clube, até o final de 2026, não vai operar. Depois disso, havendo espaço, eu vou voltar para o mercado.
SAF
YR - Se eu entendi bem a pergunta, esse é um tema que está hoje dentro do Conselho. Existe uma comissão com Dr. César Caúla, Gustavo Dubeux e outros membros em que eles estão trabalhando na modelagem de uma possível SAF, mas isso continua muito embrionário.
O que eu sei é que foi feito convite a vários bancos de investimento e consultorias; isso está estabelecido inclusive dentro do estatuto. Eu me lembro bem que, na reformulação do estatuto lá atrás, previa-se contratar empresas para ajudar essa comissão na modelagem de uma possível SAF.
Agora, daí a dizer que isso já está pronto ou algo assim, eu particularmente não acredito que uma SAF seja feita este ano. Não sei nem se vai. O que se tem agora é a necessidade de termos um projeto pronto.
Se em algum momento aparecer um grupo investidor, analisa-se: o conselho analisa, o executivo referenda ou não, e vai para a assembleia de sócios decidir se vai ou não. Mas não existe — eu particularmente não participei de nenhuma reunião com investidor algum.
Posso dizer categoricamente que não existe nada em andamento além de uma possível modelagem para uma SAF. Todos os clubes do Brasil estão fazendo isso, e o Sport não pode ficar alheio ao que está acontecendo no país. Isso seria, eu diria, uma falha de gestão. Agora, afirmar se vamos fazer ou não, são outros quinhentos.
Reforma da Ilha
YR - Hoje de fato é o projeto que tá mais adiantado. Depois da aprovação na prefeitura da cidade do Recife, de despassagem, de um projeto muito bem feito, aprovado por unanimidade no CDU, esse é o projeto que a gente tem andado.
A gente tá entrando numa nova fase de concepção de projeto, da elaboração desse. Quando digo projeto, é a parte mais executiva, a parte mais detalhada do projeto arquitetônico.
Esse sim: a gente já tem conversas com pelo menos um investidor muito interessado, e outros também têm interesse de participar do projeto.
Vejo inclusive algo interessante: pode haver mais de um investidor. Tô dizendo de forma direta, mas o interesse é tanto que pode haver uma divisão — como a gente diz no mercado financeiro — uma divisão de riscos. Ou seja, cada um colocar um valor dentro do projeto, dado o projeto tão bem elaborado.
Esse sim tá bem mais avançado. Mas queria acrescentar: esse não é o maior legado. O maior legado, acho que dessa gestão, é chegar em 26 e deixar um clube sustentável. Independentemente de quem esteja sentado na cadeira, o clube ser sustentável para o resto da vida. Esse é o legado.
Porque, a partir do momento que você tem um idoso de retiro reformado, que você tem um CT expandido, com hoje 80 garotos — mas daqui a pouco podem ser 200 ou 300, como Xerém no Fluminense, onde são 300 garotos treinando — isso sim é algo importante que vamos deixar para o resto da vida do clube, independentemente de ter SAF ou não.
A SAF não é o fim. Pode ser — inclusive, minha opinião é que não sou fã de um clube ter dono; sou fã de ter um parceiro financeiro — mas quem decide são os sócios, em assembleia, se querem ou não. Eu não sou fã de ter um dono, como alguns clubes no Brasil.
Não tenho como dizer se a reforma começa no ano que vem; não é minha expertise. Até porque dependemos de licenças, depende do ente público. Mas tenho pressionado para que as coisas andem com a maior celeridade possível
Reforços para Série A
YR - Não posso cravar isso, mas que a gente vai precisar contratar, né? A comissão técnica deve definir de hoje para amanhã esse número de atletas e de posições, né? Mas a gente vai contratar, a gente precisa reforçar. Tá claro, até porque a gente quer manter o time na Série A.
A gente precisa manter o time na Série A. Nós vamos ter ainda aí 27 pela frente e a gente tem que fazer dessas 27 algo eh diferente do que foi feito nas 11 primeiras.