"Não conversei e nem vou conversar", diz presidente do Conselho Fiscal do Santa Cruz sobre relação com investidores da SAF
Presidente do Conselho Fiscal, Bartolomeu Bueno concedeu entrevista para Rádio Jornal e explicou motivos do seu parecer ser parcialmente favorável

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Em entrevista para a Rádio Jornal, o presidente do Conselho Fiscal do Santa Cruz, o desembargador Bartolomeu Bueno, comentou os motivos do seu posicionamento de ser parcialmente favorável à SAF do Santa Cruz, excluindo a cessão do Arruda em definitivo. Apesar de ciente de que essa posição pode desagradar os investidores da SAF, Bueno diz que não vai conversar com o grupo interessado no clube.
"Não conversei e nem vou conversar. Essas negociações são feitas pelo presidente Bruno Rodrigues", disse Bartolomeu Bueno ao repórter João Victor Amorim.
Além disso, Bueno enfatizou que acha que os investidores estão passando da conta quando dão entrevistas falando sobre o assunto.
O presidente do Conselho Fiscal coral deve emitir parecer na semana que vem, aprovando a SAF do Santa Cruz com ressalvas. O argumento dele para a ressalva é que, por lei, o Santa Cruz não pode ceder o Arruda em definitivo. Ele se apoia em lei de 1952, que aponta que o clube coral recebeu o terreno do Arruda após doação da Prefeitura do Recife. Além disso, a legislação pontua que o Santa não pode alienar o terreno nem mudar sua finalidade.
Como resolução para a questão do Arruda, Bartolomeu Bueno aponta uma cessão temporária de 35 anos, podendo ser renovada por mais 35 anos, totalizando 70 anos. Pelo projeto da SAF, essa cessão temporária seria de 50 anos mais 50 anos de prorrogação. Finalizado esse período de 100 anos, haveria a cessão definitiva.